segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Os efeitos e os perigos do Ecstasy

Ao contrário das outras drogas o XTC tem a particularidade de ser criado artificialmente. Desde a sua síntese acidental laboratorial, a identificação de todos os efeitos desta droga tem sido feita progressivamente. Nenhum estudo como aqueles que se realizam no processo de controlo e aprovação de medicamentos foi realizado com ecstasy. Portanto, não é um composto que tenha sido criado depois de identificada uma necessidade e tenha sido submetido a um processo rigoroso de experimentação. A sua popularização deve-se, principalmente, aos efeitos que são sentidos quando este produto é consumido: sensação de energia, performance, supressão das inibições. Com o XTC desaparecem os constrangimentos e as proibições.
Emerge a sensação de liberdade nas relações humanas e excitação.
Realça-se que o XTC provoca uma ligeira ansiedade, um aumento da pressão arterial, o aumento do ritmo cardíaco e a contracção dos músculos faciais. A pele torna-se mais húmida e a boca seca. Segue-se uma ligeira euforia. Uma sensação de bem-estar e prazer instala-se com o relaxamento. Da exacerbação dos sentidos surge a impressão de compreensão dos outros e a sua aceitação.
O uso do ecstasy leva a uma desidratação acentuada e grave. Como muitas vezes o seu consumo é feito em ambiente fechados, aquecidos, nos quais se despende muita energia (como discotecas), uma das consequências é que nos três ou quatro dias depois, o utilizador passe por situações de ansiedade e depressão que podem inclusivamente exigir intervenção médica.
Com a insistência e o consumo regular da XTC existe o perigo de se estabelecer um ciclo de emagrecimento e enfraquecimento. A instabilidade de humor pode levar a comportamentos agressivos. Com este ciclo de consumo repetido pode iniciar-se e agravarem-se perturbações psíquicas, prolongando-se a sua duração.
Como já foi referido as cápsulas XTC não são puras, contendo uma série imprevisível de outros produtos cujas consequências devido ao policonsumismo, são difíceis de descrever e prever. Além disso, a vulnerabilidade do utilizador é outro aspecto a considerar, pessoas que tomem: antidepressivos, aspirina, medicamentos contra a sida, antiretrovirais, estão em perigo acrescido.
As pessoas que têm perturbações do ritmo cardíaco, epilepsia, problemas renais, diabetes, astenia e problemas psicológicos estão igualmente em muito maior risco se consumirem XTC.
Investigações recentes, parecem apontar para a destruição das células nervosas, na sequência do consumo da XTC.


(Informação retirada da Revista "Saúde e Lar", nº 747, Janeiro de 2010)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

ECSTASY

O ecstasy
Uma droga é uma substância que, ao ser consumida, produz um efeito psicoactivo que se caracteriza por uma alteração do nosso estado mental provocado pelo produto consumido.
O nome XTC (Ecstasy) foi criado – numa estratégia de marketing - para a venda de uma substância designada abreviadamente por MDMA (3,4-MetileneDioxiMetAnfetamina).
O MDMA foi sintetizado por acaso em 1912, por Anton Kollisch (1888-1916) um químico que trabalhava para os laboratórios da Merck. Dois anos depois, esta substância foi patenteada como inibidor do apetite, mas nunca chegou a ser comercializada. O seu uso foi mais notório junto dos soldados que, com ela, conseguiam lutar contra o sono e contra a fome.
Em 1970, nos EUA, estava disseminado o seu consumo. Ainda nessa década (em 1977) o XTC foi proibido na Inglaterra. Depois disso seria a vez de os EUA o classificarem como substância proibida (em 1985).

Essência e aparência das cápsulas de XTC

Os efeitos psicoactivos do XTC são consequência da suposta presença do MDMA, normalmente na forma de comprimidos, embora cada comprimido seja uma caixa de surpresas, pois não se sabe muito bem o que ele contém. Existem mesmo cápsulas, ditas de XTC, que depois de analisadas revelam não conterem MDMA, mas sim anfetaminas, analgésicos, alucinogénicos, cafeína, anabolizantes, amidos, detergentes, sabão, entre outras coisas.

Em muitos países não há controlo da composição química do Ecstasy.

As composições, sabores e aparência, variam de acordo com os produtores e os efeitos procurados, tornando-se, por isso, ainda mais perigoso o seu consumo perante a ausência de controlo a que estão sujeitas estas cápsulas. Ressalta referir que estes aspectos tornam o seu consumo ainda mais perigoso, se tivermos em conta que o mundo se tornou, através da internet uma aldeia global, e que consumir XTC num dado país não implica sentir os mesmos efeitos se este for comprado num outro país. O teor típico de MDMA dos comprimidos de ecstasy (de acordo com dados do Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência) analisados em 2007 variava entre 19 e 75mg nos onze países que forneceram dados.

(Informação retirada da Revista "Saúde e Lar", nº 747, Janeiro de 2010)

Esclarecimento de dúvidas sobre sexualidade


O que é a sexualidade?
Quando pensamos em sexualidade não nos podemos esquecer as suas três vertentes: fisiológica, social e afectiva. Durante a nossa vida vão surgindo dúvidas e problemas que nem sempre sabemos como resolver.
Ter dúvidas é normal e as dúvidas surgem em qualquer idade.
Quando não é possível esclarecer pessoalmente junto das entidades adequadas e queremos uma resposta que nos suscite confiança podemos recorrer a sites fiáveis, como por exemplo: http://sexologia.clix.pt/

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A MINHA ESCOLA E A PREVENÇÃO DAS ISTs/DST – Carrinha do CAD na Escola

No passado dia 3 de Dezembro, realizou-se na Escola Secundária de Penafiel a actividade de sensibilização para a prevenção do VIH/SIDA, dinamizada através do Projecto “Crescer com Saber - a Sexualidade e Eu” em parceria com o Centro de Saúde de Penafiel e Termas de S. Vicente/Saúde Escolar.









A actividade consistiu na vinda à nossa escola da unidade móvel do Centro de Aconselhamento e Detecção Precoce do VIH/SIDA (CAD-Porto), fazendo-se representar por uma equipa de técnicos de saúde (uma psicóloga e uma enfermeira) que trabalham nessa unidade.

A actividade foi direccionada aos alunos do 10ºano nos períodos da manhã e da tarde. As turmas escalonadas, para cada sessão, foram divididas, um grupo era deslocado por um professor dinamizador deslocava-se à carrinha onde assistiam a uma pequena sessão de esclarecimento feita pelos técnicos de saúde da unidade, o outro grupo permanecia na sala de aula, acompanhados pelo Professor da turma, onde um dos técnicos de saúde esclarecia as suas dúvidas.









As turmas que participaram foram os décimos A, B; C; E; F; G e H.

Os alunos participaram de uma forma entusiasta envolvendo-se na actividade com muito interesse colocando questões, solicitando muitas informações, com o intuito de dissipar as suas dúvidas e concepções erradas. Portanto realizar-se-ão novas sessões no decorrer do ano lectivo.




segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Ano lectivo de 2009/10


O Clube de Saúde brevemente publicará o seu plano de actividades bem como a modalidade de inscrição para o presente ano lectivo.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

GRIPE A

O novo vírus da Gripe A(H1N1)v

O novo vírus da Gripe A(H1N1)v, que apareceu recentemente, é um novo subtipo de vírus que afecta os seres humanos. Este novo subtipo contém genes das variantes humana, aviária e suína do vírus da Gripe e apresenta uma combinação nunca antes observada em todo o Mundo. Em contraste com o vírus típico da gripe suína, este novo vírus da Gripe A(H1N1)v é transmissível entre os seres humanos.



Sintomas da doença pelo novo vírus da Gripe A(H1N1)v

Os sintomas de infecção pelo novo vírus da Gripe A(H1N1)v nos seres humanos são normalmente semelhantes aos provocados pela Gripe Sazonal:
Febre
Sintomas respiratórios (tosse, nariz entupido)
Dor de garganta
Possibilidade de ocorrência de outros sintomas:
· Dores corporais ou musculares
· Dor de cabeça
· Arrepios
· Fadiga
· Vómitos ou diarreia [embora não sendo típicos na Gripe sazonal, têm sido verificados em alguns dos casos recentes de infecção pelo novo vírus da Gripe A(H1N1)v]
Em alguns casos, podem surgir complicações graves em pessoas saudáveis que tenham contraído a infecção.



Como se infectam as pessoas com o novo vírus da Gripe A(H1N1)v
O modo de transmissão do novo vírus da Gripe A(H1N1)v é idêntico ao da Gripe Sazonal. O vírus transmite-se de pessoa para pessoa através de gotículas libertadas quando uma pessoa fala, tosse ou espirra. Os contactos mais próximos (a menos de 1 metro) com uma pessoa infectada podem representar, por isso, uma situação de risco.
O contágio pode também verificar-se indirectamente quando há contacto com gotículas ou outras secreções do nariz e da garganta de uma pessoa infectada - por exemplo, através do contacto com maçanetas das portas, superfícies de utilização pública, etc.
Os estudos demonstram que o vírus da gripe pode sobreviver durante várias horas nas superfícies e, por isso, é importante mantê-las limpas, utilizando os produtos domésticos habituais de limpeza e desinfecção.



Período de incubação da doença
O período de incubação da Gripe A(H1N1)v, ou seja, o tempo que decorre entre o momento em que uma pessoa é infectada e o aparecimento dos primeiros sintomas, pode variar entre 1 e 7 dias.



Tempo durante o qual uma pessoa infectada pode transmitir o vírus a outras
Os doentes podem infectar (contagiar) outras pessoas por um período até 7 dias, a que se chama período de transmissibilidade; é, contudo, prudente considerar que um doente mantém a capacidade de infectar outras pessoas durante todo o tempo em que manifestar sintomas.



A melhor forma de evitar a disseminação do vírus, no caso de estar doente passa por:
Limitar o contacto com outras pessoas, tanto quanto possível
Manter-se em casa durante sete dias, ou até que os sintomas desapareçam, caso estes perdurem
Cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, usando um lenço de papel; nunca as mãos!
Utilizar lenços de papel uma única vez e coloque-os de imediato no lixo
Lavar frequentemente as mãos com água e sabão, em especial após tossir ou espirrar
Usar toalhetes descartáveis com soluções alcoólicas
Melhor técnica de lavagem das mãos?
Lavar as mãos frequentemente ajuda a evitar o contágio por vírus da gripe e por outros germes. Recomenda-se que use sabão e água, pelo menos durante 20 segundos. Quando tal não for possível, podem ser usados toalhetes descartáveis, soluções e gel de base alcoólica, que se adquirem nas farmácias e nos supermercados. Se utilizar um gel, esfregue as mãos até secarem e não use água.


http://www.dgs.pt

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Primeiros socorros

PRIMEIROS SOCORROS

DEFINIÇÃO
• procedimentos realizados por qualquer um de nós a uma pessoa acidentada ou vítima de mal súbito, tendo como finalidade manter a vítima com vida, até a chegada de ajuda especializada
• Situações Graves
– Envenenamentos, acidentes…
• Situações menos graves
– escoriações, cortes, picadas…

Primeiro Passo

Avaliação da Situação
– Tipo de Situação
• Clínica
• Traumática
Garantir as condições de SEGURANÇA

PEDIR AJUDA



AVALIAÇÃO DA VÍTIMA

• Nível de Consciência
• Sinais e Sintomas
Respiração
Pulso
Dor
Palidez

PEDIR AJUDA

• Facultar toda a informação solicitada
– Tipo de situação (doença, acidente, parto)
– Sinais e sintomas
– Número de telefone
– Localização exacta (pontos de referência)
– Gravidade da situação
– Número, sexo e idade aparente das vítimas

VÍTIMA
· Inconsciente
· Respira
· Tem pulso - PLS




POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA
Ajoelhar ao lado da vítima
Retirar óculos e objectos volumosos dos bolsos da vítima
Dobrar o braço mais próximo de nós com palma da mão para cima
Dobrar o outro braço sobre o tórax e encostar as costas da mão à face
Com a outra mão, dobrar a perna mais afastada da vítima ao nível do joelho
Rodar a vítima e ajustar a perna de modo a formar um ângulo recto ao nível do joelho
Verificar se a vítima respira e vigiar
Manter a vítima nesta posição até à chegada de socorro

Quando a vítima não respira ou tem Traumatismos - NÃO COLOCAR EM PLS

VÍTIMA
· Inconsciente
· Não Respira
· Não tem pulso - MANOBRAS DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA

MANOBRAS SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Colocar duas mãos sobre o tórax, mantendo os braços esticados
Fazer 30 compressões
Colocar uma mão sobre a testa e dois dedos no queixo e inclinar a cabeça para trás
Tapar o nariz e fazer 2 insuflações
Repetir as manobras até à chegada de socorro
Se por qualquer motivo não puder insuflar, mantenha as compressões

Informação facultada pelos médicos Carlos Carvalho, Dr e Luís Viana Jorge, Dr.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Primeiros Socorros - Corpos estranhos

Informação cedida por Marta Lamas, Dra.


Primeiros socorros – procedimentos simples que visam manter vidas em situações de emergência, feitos por pessoas comuns até a chegada de atendimento médico especializado.

Corpos Estranhos

Pequenas partículas de poeira, carvão, areia ou limalha, grãos diversos, sementes ou pequenos insectos (mosquitos, formigas, mosca, besouros, etc.)
Podem penetrar no organismo através de qualquer orifício ou após uma lesão.
Encontram-se mais frequentemente nos olhos, nariz, ouvidos ou vias respiratórias.


Ouvidos

Os corpos estranhos mais frequentes são os insectos.
Sinais e sintomas : surdez, zumbidos e dor
O que deve fazer : Se se tratar de um insecto deitar uma gota de azeite e depois enviar a pessoa para o Hospital. Outros corpos estranhos, também devem ser retirados pelo Hospital.
O que não deve fazer : Tentar remover o objecto. Não introduza no ouvido nenhum instrumento (ex.: arame, palito, grampo, pinça, alfinete), seja qual for a natureza do corpo estranho a remover.

Nariz

Os corpos estranhos mais frequentes são:
feijões, botões, objectos de pequenas dimensões.
O que deve fazer : Assoar com força, comprimindo com o dedo a narina contrária. Com a boca fechada tente expelir o ar pela narina em que se encontra o corpo estranho. Não permita que a vítima assoe com violência.
O que não deve fazer : Introduzir instrumentos na narina (arame, palito, grampo, pinça etc.) que poderão causar complicações. Se o corpo estranho não puder ser retirado procure um medico imediatamente.

Garganta

Os corpos estranhos podem ser:
pedaços de alimentos mal mastigados, ossos, espinhas ou pequenos objectos.
Se visível tentar extrair o objecto com os dedos em gancho ou em pinça.
Não tentar retirar o objecto às cegas.
Estes corpos estranhos podem ser ingeridos ou impedir a respiração e causar asfixia.


Ingestão de corpo estranho

Objectos pequenos, plásticos, metálicos, não pontiagudos e não cortantes frequentemente são eliminados junto com as fezes, sem causar sintomas.
Atenção a objectos como agulhas, vidro, pilhas e baterias. Necessário procurar ajuda médica.
O que não deve fazer : provocar o vómito.

Asfixia

- Aspiração de corpo estranho e obstrução da via aérea

1º PEDIR AJUDA
Vitima consciente:

Ventila apesar da obstrução. Faça com que continue a tossir.
Não interfira se a vitima conseguir falar, tossir ou respirar.
Certifique-se que a pessoa esteja realmente com dificuldades para respirar.
Sinais característicos: tenta falar e a voz não sai. Começa a ficar agitada e confusa, levando as mãos para a garganta. A pele pode ficar azulada o que indica baixa oxigenação do sangue.

Obstrução completa:

Vítima com cianose, pele cor cinza arroxeado/azulado:
Coloque-se de lado da vítima e ligeiramente por detrás;
Sustenha o tórax da vítima com uma mão e incline-a para a frente;
Com a outra mão, aplique 5 pancadas entre as omoplatas (podem não ser necessárias todas as pancadas);

Se não desobstruir, proceda à manobra de Heimlich, mantendo-se por detrás da vítima e abraçando-a em redor da região epigástrica (acima do umbigo);
Cerre o punho sobre essa região e agarre-o com a outra mão;
Faça um máximo de 5 movimentos bruscos para dentro e para cima;
Se necessário, repita a sequência (pancadas / Heimlich) até que o corpo estranho se desaloje da via aérea.
Se necessário, repita a sequência pancadas / manobra de Heimlich, até que o corpo estranho se desaloje da via aérea.
Apenas aplicar manobra de Heimlich se obstrução completa por risco de lesão de orgãos internos.





Vitima inconsciente




Manobra de Heimlich deitada.
Colocar em PLS se vítima inconsciente, a respirar e com bom pulso.
Suporte básico de vida (reanimação cardio- respiratória) se não respira e não tem pulso.

















quinta-feira, 14 de maio de 2009

Picadas e Mordeduras

PICADAS E MORDEDURAS
Informação cedida por
Mariana Reis Lopes, Dra

Objectivos:
- Identificar os animais que causam mais frequentemente picadas ou mordeduras
- Conhecer medidas para evitar algumas picadas ou mordeduras
- Saber actuar perante uma picada ou mordedura

Introdução:
- Algumas picadas e mordeduras são relativamente frequentes
- As consequências dependem do tipo de animal, da gravidade da mordedura e da reacção do organismo

PICADAS
- Insectos:
Mosquitos, abelhas
- Animais terrestres:
Aranhas, carraças, escorpiões
- Animais aquáticos:
Alforrecas

MOSQUITOS

- Atacam preferencialmente as zonas descobertas do corpo
- Sugam sangue da vítima, injectando, por sua vez, uma secreção de saliva que provoca a reacção cutânea
- Alguns podem transmitir doenças

-COMO PREVENIR
. Repelentes
. Insecticidas

-O QUE FAZER
. Extrair de imediato o insecto da pele
. Limpar a picada
. (creme com anti-histamínico e corticoide)

ABELHAS E VESPAS

- Habitualmente, há reacção local com dor, edema e rubor
- Pode haver reacções de hipersensibilidade graves (anafilaxia)

- O QUE FAZER
. Retirar o ferrão raspando suavemente a superfície da pele até fazê-lo sair
(por exemplo, com um cartão)
. Não usar pinças nem puxar ou torcer para evitar que se espalhe mais veneno
. Desinfectar
. Aplicar gelo ou compressas frias no local
. (analgésico, creme com anti-histamínico e corticoide)

- QUANDO RECORRER AO SERVIÇO DE URGÊNCIA
. Picadas múltiplas (enxame)
. Pessoa alérgica
. Picadas na boca e/ou garganta (risco de asfixia)

ARANHAS
. Viúva negra
. Reclusa castanha
- Picada quase sempre imperceptível
- Eritema, equimose,bolha seguida de feridaprofunda, dor intensa
- Febre, náuseas,sensação de fraqueza, …

- O QUE FAZER
. Desinfectar
. (pomada com anti-histamínico)
. Procurar ajuda médica

CARRAÇAS

- Existem nas zonas de vegetação de baixa ou média altura (relva, ervas, arbustos)
- Mais abundantes na Primavera e Verão
- Parasitam diversos animais
Cães, Gatos, Coelhos…
- Fixam-se à pele para sugar o sangue
- Podem transmitir doenças

- COMO PREVENIR
. Usar repelente
. Manter os animais domésticos livres de parasitas
. Passeios no campo:
o Evitar áreas possivelmente infestadas de carraças
o Usar roupas de cores claras, cobrindo os braços e as pernas e enfiando as calças dentro das botas ou meias
o Inspeccionar o corpo e as roupas e retirar com cuidado e sem esmagar qualquer carraça encontrada (especial atenção à cabeça e pescoço das crianças)

- O QUE FAZER
. Humedecer a pele com álcool ou vaselina para facilitar que a carraça se despegue
. Usar uma pinça para prender a carraça o mais junto à pele possível e puxá-la para cima, perpendicularmente
. Lavar com água e sabão
. Desinfectar
. Procurar ajuda médica se aparecerem sintomas sugestivos de “febre da carraça”

ESCORPIÕES

o Não atacam deliberadamente, fazendo-o habitualmente após serem tocados
o Injectam veneno com o ferrão que têm na ponta da cauda
o Salvo raras excepções, o efeito do veneno não é fatal
o A espécie existente no nosso país (Buthus occitanus) não é muito perigosa
o Os sinais no local da picada podem ser mínimos mas a dor é muito intensa
o O membro fica edemaciado e parcialmente paralisado
o Os sintomas variam: ansiedade, arrepios, cãibras, hipotensão
o Sem acompanhamento médico, a dor manter-se-á várias horas e os outros sintomas podem durar mais de uma semana

- O QUE FAZER
. Deitar a vítima
. Lavar o local com água e sabão
. Aplicar gelo ou cloreto de etilo
. O acompanhamento médico deve fazer-se o mais brevemente possível

ALFORRECAS
o Frequentes na costa portuguesa.
o O seu veneno está contido em células urticantes que se espetam na pele.
o Apesar de muito dolorosa, a picada geralmente não é grave.
O TOCAR!!!

- O QUE FAZER
. Chamar o nadador-salvador!
. Lavar a ferida com água do mar sem tocar na área afectada
. Empapar a zona da picada com uma solução de vinagre e água durante cerca de 30 minutos
. Eliminar qualquer tentáculo que tenha ficado colado à pele com uma toalha húmida ou usando luvas
. Analgésico, anti-histamínico, corticoide
. Procurar ajuda médica se:
- a pele continuar vermelha ou dorida após o tratamento inicial
- houver sinais de reacção alérgica

MORDEDURAS

o Cães
o Gatos
o Cobras
o Humanos

CÃES E GATOS

- PERIGO: Raiva (sobretudo nos cães)
. Vírus presente em altas concentrações na saliva do animal infectado
. Manifestações:
- alterações do comportamento
- paralisia
- morte
- Infecção da ferida
- Feridas desfigurantes

- O QUE FAZER
. Lavar com água e sabão
. Desinfectar
. Procurar ajuda médica
. Se houver arrancamento de pele, recorrer rapidamente ao médico sem tapar a ferida
Verificar vacina anti-tetânica da vítima
Verificar vacinação anti-raiva do cão
Quarentena?

COBRA

o Em Portugal:
. cobra-rateira (Malpolon monspessulanus)
. víbora-cornuda (Vipera latasti)
. víbora de seoane (Vipera seoanei)

. Mordedura: dois orifícios separados por 6 a 8 mm
. Ao fim de 10 a 15 minutos: edema com mais ou menos dor
. Passadas horas: sudação, vómitos, dores de cabeça, falta de ar, …

- O QUE FAZER
. Lavar com água e sabão
. Desinfectar
. Procurar ajuda médica
. Verificar vacina anti-tetânica

- NUNCA:
. Fazer incisões na ferida
. Tentar aspirar o veneno
. Aplicar qualquer outra substância que não o desinfectante
. Colocar um torniquete


MORDEDURA HUMANA
o Tão ou mais perigosas do que as mordeduras dos animais pelo risco de infecção: a boca humana contém mais bactérias que a de qualquer animal!!!

- O QUE FAZER
o Parar a hemorragia aplicando pressão sobre a mordedura
o Lavar a ferida suavemente com água e sabão
o Aplicar uma ligadura ou gaze esterilizada
o Consultar um médico imediatamente
o Verificar a vacina anti-tetânica


Conclusões:
- Algumas picadas e mordeduras podem ser prevenidas por medidas simples;
- A gravidade da situação depende do tipo de animal causador, da própria mordedura e da pessoa atingida;
- Desde situações banais até transmissão de doenças, infecção da ferida, reacções alérgicas graves, feridas desfigurantes, …
- Algumas situações podem ser facilmente orientadas pelo próprio ou por uma acompanhante, enquanto outras obrigam a observação médica imediata ou perante sintomas.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Convulsões


Convulsões
— Distúrbio que ocorre no cérebro, podendo ocasionar contrações involuntárias da musculatura, provocando movimentos desordenados e em geral, perda da consciência.
Causas
— Acidentes com traumatismo de crânio
— Epilepsia
— Febre alta (convulsões febris)
— Alcoolismo, drogas, determinados medicamentos
— Tumores cerebrais, lesões neurológicas
— Choque eléctrico
— Outras causas

Sinais e/ou sintomas
— Perda súbita de consciência
— Movimentos bruscos e incontrolados
— Olhar vago, fixo, “revirar dos olhos”
— Respiração ruidosa, face cianosada (arroxeada)
— Perda de controlo de urina e fezes
— Morder a língua ou lábios
— Duração de poucos segundos a muitos minutos

Como proceder
— Anotar a duração da crise
— Avisar os familiares
— Quando as convulsões pararem:
— Deitar a vítima em posição lateral de segurança, de modo a impedir o engasgamento ou aspiração de vómito
— Manter acompanhamento até a recuperação completa, num ambiente tranquilo
— Encaminhar Hospital especialmente:
— Primeira convulsão
— Duração > 8 a 10 minutos
— Se repetir crise ou ferimentos

Posição lateral de segurança (PLS)
— Colocar em PLS se:
— Vítima inconsciente, a respirar e com bom pulso
— Melhor ventilação, libertando as vias aéreas superiores

— Não deve ser realizada quando a pessoa:
— Não estiver a respirar
— Tiver uma lesão na cabeça, pescoço ou coluna
— A PLS permite:
— Evitar que a língua da vítima bloqueie os canais respiratórios;
— Forçar que fluidos como sangue ou vómito sejam drenados da boca da vítima;
— Manter a vítima numa posição segura, caso, por algum motivo, tenha de ser deixada sozinha.


Como colocar em PLS
— Ajoelhe-se ao lado da vítima, remova do local objectos (por ex. óculos)
— Vire a cabeça da vítima para si e incline-a para trás, de forma a desimpedir-lhe as vias respiratórias
— Ao longo do corpo da vítima, estenda o braço que ficar mais perto de si e cruze o outro braço sobre o peito. Cruze a perna mais afastada da vítima sobre a que lhe está mais próxima
— Segure a cabeça da vítima com uma das mãos e com a outra agarre-a pela anca mais afastada.
— Vire a vitima de bruços, puxando-a rapidamente para si e segurando-a com os joelhos;
— Puxe a testa da vítima para trás, de modo a que a garganta fique direita. Assim, as vias respiratórias continuarão livres.
— Dobre o braço que fica mais próximo de si para lhe amparar o tronco. Dobre a perna mais próxima para servir de apoio ao abdómen. Retire o outro braço de debaixo do corpo.
— Por precaução, verifique a respiração da vítima e, até a ajuda chegar, controle regularmente o seu estado.

Informação cedida por
Marta Lamas, Dra